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13 de agosto de 2006

THE WHO
Tommy

London Symphony Orchestra - 1972

Hospedagem e Montagem : Mauro & JH II
" A Quem" voa foi dado asas. (Fly Pete Fly)

Qual é a melhor banda de rock do mundo? The Rolling Stones? The Beatles? Jethuro Tull,? Pink Floyd? The Jimi Hendrix Experience? Gênesis? Yes? The Who? ? Sex Pistols?... Eu acho que na história do rock and roll, não cabe esta pergunta. Cada um na sua, cada banda é importante naquilo que faz ou que deixou para a história da música Veja o caso da banda The Who. O músico Mr.Pete Townshend, é um dos maiores guitarristas da história do rock. Ele escreveu entre outras, esta obra prima,os outros componentes da banda ( não menos importantes), foram parceiros nesta obra, mas a criação é dele.. Leia o texto abaixo com atenção, estude e veja como foi importante esta obra para a história do rock. Eu felizmente já conhecia, já havia visto o filme. Sinta porque tem tanta gente que ama o rock and roll, estude a história desses cabeludos "malucos" e veja do que eles
eles eram capazes. Isto tudo aconteceu, logo após as duas grandes guerras mundiais. Estude o passado, para entender o presente. Este álbum foi ripado pelo nosso amigo Mauro, e tem um valor histórico muito grande (é de 1972). Aproveitem. (JH II)
Tommy - London Symphony Orchestra - 1972


Antes, cabe aqui uma advertência: o leitor pode, a princípio, não gostar desta ópera rock. A primeira impressão de quem houve alguma coisa original é sempre negativa. Não se deixe enganar, vá em frente e estude Tommy com carinho. Você terá em mãos uma das mais importantes obras da música contemporânea.

Durante dois anos, o magro e narigudo Pete Townshend - considerado pela crítica como um dos três grandes músicos do mundo - trabalhou nesta ópera (o domínio de Pete na Guitarra é raro: na abertura de Tommy ele mantém um ritmo marcado e difícil por um grande espaço de tempo, sem jamais perder o andamento). Para quem segue um estranho lema - "Eu trabalho como se o Who fosse acabar dali a dez minutos" - o perfeccionismo de Pete atingiu as raias da genialidade. Ele disseca o rock´n´roll com a segurança dos entendidos, abrindo um caminho novo para a música pop, mostrando rumos e aberturas para aqueles que estão perdidos na panacéa musical da atualidade. Tommy se reúne em 24 canções – 21 de Pete e as outras 3 (as que refletem os momentos de crueldade da ópera) de Sonny Boy Willianson, Keith Moon (baterista) e John Entwhistle (guitarra baixo) – contando a história de um rapaz (Tommy), nascido durante a I Guerra Mundial.
O rapaz sofre um trauma psíquico ao ver, através de um espelho, seu pai matar o amante da mãe e fica cego, surdo e mudo. Torna-se campeão de flipper, alcança um estado de graça, realiza uma "cura milagrosa" (reavendo seus sentidos) e funda sua própria religião, revivalista, baseada no sensualismo, no amor e no lazer permanente e infinito. Como outros visionários carismáticos (dotados de dons divinos), Tommy vê seu sonho utópico reduzido a um revivalismo bastante inofensivo e nada mais que convencional. Ele próprio não consegue chegar muito alem de sua visão sensualista: " Veja-me, sinta-me, toque-me, cure-me". A ópera "é sobre a vida", segundo Pete. Seu ponto de partida foi a musica Glow Girl (Garota Ardente), nunca mostrada em publico. Pete confessa que essa musica o levou a idéia de It´s a Boy, Mrs. Walker (É um menino, Sra. Walker), que se transformou no número inicial de Tommy, quando a enfermeira canta "È um menino, Sra. Walker e o coro responde "Um filho, um filho, um filho!"

Considerando essa musica desapropriada para a abertura, Pete escreveu uma overture especial e uma porção de temas que dão continuidade às músicas isoladas. Um dos temas centrais da ópera é o jogo entre o ego-real e o ego-ilusório. É expresso por Tommy (o ego-real) que não pode ver nada, a não ser seu reflexo no espelho (ego-ilusório). "Em termos gerais" explica Pete, "considera-se que o homem vive num mundo de valores ilusórios que ele próprio se impôs. O ego-real de Tommy representa o objetivo – Deus – e o ego-ilusório é o professor; a vida, o caminho, o rumo e tudo isso. Tommy alcança os seus sentidos em forma de música". A parte religiosa de Tommy vem diretamente do que Pete Townshend aprendeu com o Guru Meher Baba: "Hama Krishna, Buda, Zaratustra, Jesus e Meher Baba são todos figuras divinas na terra" diz Pete. "Todos disseram a mesma coisa, isso é, basicamente o que diz Tommy. Mas seus seguidores perguntam como segui-lo e não dão atenção ao seu ensinamento. Querem regras e regulamentos; ir à igreja nos domingos, mas ele apenas diz – vivam a vida!".


O crítico de ópera do New York Times – quando da apresentação do conjunto, em 1972, no Metropolitan Opera House, em New York – não gostou da obra do conjunto. Não aceita o título ópera rock para o trabalho artístico e diz não haver nenhuma inventividade na criação do conjunto. Pete Townshend e The Who conseguiram o apogeu com essa ópera e ficarão definitivamente nos anais da música. Quem é o crítico de ópera do New York Times? (Esta crítica refere-se ao álbum lançado naquele ano. O atual lançamento, conservando o mesmo conteúdo (por isso o aproveitamento da crítica) muda totalmente as interpretações. No anterior, Roger Daltrey "carregava o piano" sozinho e agora foram convidadas 9 diferentes vozes para dar um sentido mais perfeito a obra. São eles: Sandy Denny, Graham Bell, Steve Winwood, Maggie Bell, Richie Havens, Marry Clayton, Ringo Star, Rod Stewart e Richard Harrys.

História
Já em 1968, Pete Townshend falava de sua idéia para uma ópera contemporânea. O que pretendia era condensar tudo o que os Who haviam feito – a viagem teatral, energética e musical – em uma única obra. Originalmente, a peça deveria chamar-se Deaf, Dumb and Blind Boy, a história de um garoto cego, surdo e mudo e do que acontece em sua vida: "imagine um garoto sem os sentidos da visão, audição e fala: tudo que pode experimentar são as vibrações, coisas que nos sentimos; música e tato são os limites de seu conhecimento". Townshend na época queria colocar, na ópera, a experiência de vida do garoto através da musica de uma maneira tal que o ouvinte pudesse se transformar no menino, sentindo e experimentando tudo aquilo que ele sentia. Pete queria mostrar a total introversão de Tommy, que por motivos alheios à sua vontade, só podia relacionar-se consigo mesmo e com o que sentia, já que o tato era seu único critério.


Em 1969 foi lançado o álbum, Tommy, e o disco tornou-se uma realidade. Townshend explicava: "O personagem central é o próprio Tommy, nascido no fin da Primeira Grande Guerra e que fica cego, surdo e mudo após ter presenciado, refletido em um espelho, um assassinato cometido por seu pai. Daí em diante passa a viver totalmente isolado em um mundo introvertido que so ele conhecia e no qual tudo que experimentava era o que sentia. Torna-se campeão de flipper, alcança um estado de contemplação ao recuperar seus sentidos e funda uma religião. Eventualmente encontra-se banido por seus próprios discípulos e novamente se vê no isolamento em que estava no início".

Segundo Townshend, a ópera é "sobre a vida". No tema central ele brinca entre o ser real e o imaginário. Isto é expresso através de Tommy (o ser real) e seu reflexo (o ser imaginário).



O ser real de Tommy representa a aspiração – Deus, o ser totalmente completo – e o ser ilusório – o professor. A vida do garoto parece representar a natureza da humanidade – uma existência imposta: cega, surda e muda. Tendo perdido seus sentidos, tudo que Tommy experimenta são ritmos e vibrações. Todas as coisas chegam ate ele unicamente através da musica. Tudo que assimila é filtrado, e chegam a ele em sua forma mais pura.

As musicas da ópera, considerando, que Townshend fez de Tommy um caráter, tinham de transmitir um razoável montante de informação. Cada uma delas engloba um acontecimento da vida do garoto assim como o sentimento que este experimentou.
As complexidades de Tommy levam a um fato especifico: mesmo sendo Tommy um filho de Pete Townshend, os Who foram seus co-criadores, os que levaram a ópera original ao estúdio, gravando e gravando, editando e reeditando, até que o trabalho conseguiu exprimir a energia e a vida que Townshend havia criado. Eles demonstraram quanto flexível o Rock pode ser como pode ser utilizado em uma variedade de formas e como quatro músicos totalmente envolvidos com as limitações de cada um, e emoções, podem criar uma peça musical tão perfeita.
Agora esta ai a versão montada – com vários atores / cantores, convidados, uma ópera mesmo (como não chegou a ser na versão de 1969 ).

Quem é quem em Tommy
PETE TOWNSHEND
È um dos maiores talentos a emergir da cena pop music. Ele é excepcional, pois não é somente um talento criativo, mas articulado e lúcido em suas apreciações críticas a seu próprio trabalho e aos dilemas contemporâneos. Não esta interessado somente em problemas políticos atuais e possíveis revoluções, mas também no que pode ser chamado de desenvolvimento espiritual humano. No inicio, Pete encarava o ato de escrever musica como uma maneira de sentir e guiado por sua singular ambição escreveu musicas rock incessantemente. Depois de obter sucesso nessa área, Townshend buscou uma nova forma. Tommy não foi somente um trabalho criativo, espontâneo. Ele analisou-o sob todos os pontos de vista: espiritual, político, social e pessoal.
Desde então ele fez experiências com um conceito de filme envolvendo tapes, sintetizadores e teatro. No seu estúdio (em sua casa, em Twickenham) continuou a fazer incríveis tapes domésticos, constantemente procurando novas direções. Por um período de tempo foi colunista mensal convidado da revista Melody Maker, assim como escreveu para Rolling Stone e deu algumas das mais articuladas entrevistas que alguém pode ler. Neste Tommy, Townshend atua como narrador assim como toca guitarra acústica e sintetizador Arp.
LOU REIZNER
Em 1970, Lou Riezner – um produtor americano que vivia e trabalhava em Londres – teve uma idéia. Lou foi um dos primeiros produtores americanos a morar em Londres e acostumar-se às peculiaridades da cidade. Enquanto ouvia o disco Tommy (a versão inicial, não montada), dos Who, imaginava como ficaria Tommy interpretado por diferentes artistas contemporâneos, a caráter, cantando os papeis, em uma forma realmente operística. Ele também pensou na possibilidade de usar uma orquestra sinfônica bem conhecida para tocar a musica. Contrário a regra, Lou não esqueceu de sua idéia, como geralmente acontece. E mesmo quando muitas pessoas pensavam que ele estava maluco, e mesmo quando a tarefa parecia impossível, em setembro de 1971 iniciou o trabalho de mixar o disco e agora, um ano depois, setembro de 1972, o disco estava pronto. Agora, porém, Tommy esta completo, uma idéia que Lou Riezner conseguiu da vida.
DAVID MEASHAN
È um musico clássico e maestro, Que também esta envolvido com a musica contemporânea. È o regente ideal para u trabalho como Tommy.
SANDY DANNY
Canta a parte da enfermeira. Sandy na época ainda não era bastante apreciada nos Estados Unidos, embora seja uma das maiores cantoras da Inglaterra. No pop poll realizado pela revista Melody Maker, em 1971, foi eleita a melhor cantora inglesa em dois anos consecutivos.
GRAHAM BELL
Canta a parte do amante da mãe do Tommy. Nascido em Newport, Graham Bell apareceu como parte de um grupo, o Skip Bifferty Group. O grupo foi considerado um dos melhores de 1968 e 1969. Com a dissolução do grupo em 1971, Bell já tinha experiência necessária parta formar um novo, o Bell & Arc.
STEVE WINWOOD
Desde sua primeira aparição publica, em 1964, Steve Winwood foi conhecido como um Superstar do mundo pop, embora nunca estivesse realmente jogado o jogo do artista pop. È mais admirado por sua soberba musicalidade e sua voz segura. Em Tommy, Steve canta a parte do pai.
MAGGIE BELL
Canta a parte da mãe de Tommy. Nasceu em Glascow, Escócia, e começou tentando trabalhar, de dia, como vitrinista, e, à noite, cantando com um grupo num bar local. Passou um ano participando de um grupo chamado Power, que tocava em bases do exercito e aeronáutica na Alemanha. O grupo não era muito apreciado pelos recrutas brancos, que o encaravam como simples acompanhamento para uma ou duas cervejas, mas os negros todos os recebiam com a saudação do Black Power e os ouviam com respeito. Depois de vir para Londres, Maggie, com o grupo Stone The Crows, fez uma tournée pelos Estados Unidos, também com o Mad Dog & Englishmen, de Joe Cocker.

RICHIE HAVENS
A parte do vendedor ambulante é cantada por Richie Havens. Sob qualquer padrão, Richie é uma pessoa realmente especial, tanto como artista quanto como homem.
MERRY CLAYTON
Canta a parte da Rainha do Ácido. Cresceu em New Orleans, e parece que sempre cantou. Quando tinha 5 anos ele se lembra de estar na varanda cantando blues, quando sua mãe a mandou entrar dizendo "você não pode cantar estes blues". O pai de Merry era pastor batista, ma isso não foi bastante para detê-la: ela simplesmente continuou cantando. Terminando a escola secundaria, Merry ligou-se a Ray Charles como a principal cantora das Raelets e, depois de deixar o grupo, encontrou-se novamente imenrsa em trabalhos de sessão e, por curto tempo, foi membro do grupo da A&M, Sisters Love. O ponto alto da sua carreira chegou quando trabalhou com os Rolling Stones no disco Let It Bleed, imortalizando seu dueto de Gimmie Shelter, com Mick Jagger.

ROGER DALTREY
Era realmente a única escolha possível para cantar a parte de Tommy. Seu trabalho no disco dos Who foi uma genuína vitória vocal. Em entrevista dada a um jornal de Los Angeles, em 1971, Pete Townshend disse: "Fora qualquer outra coisa este trabalho fez de Roger o tipo que ele precisava ser em cena: deu-lhe mais coisas – uma parte, uma identidade. Este trabalho realmente solidificou sua presença nos Who e desafiou-o a cantar tão bem".
Embora fosse conhecido principalmente como o lead-vocal do grupo, Dalter exerceu algumas pressões na formação do próprio conjunto. Foi ele que encorajou Townshend a optar pela lead-guitar, por exemplo. Tal vez, mais que tudo isso, Roger tenha podido ajudar na criação de uma situação despojada e cooperativa, que permitiu ao grupo um desenvolvimento e um progresso sobre bases sólidas.

JOHN ENTWISTLE
Sempre foi um certo mistério. Sabe-se ate que ele trabalhou para Inland Revenue. Sempre um pouco afastado e quieto, seu comportamento contido esta em contraste direto com os movimentos soltos do resto do grupo. Algum deste mistério foi revelado desde o lançamento de seu disco, Smash Your Head Against the Wall, que deu ao publico uma maior compreensão de sua habilidade como compositor. Alem de ser rápido e incrivelmente preciso, Entwistle é um compositor de grande originalidade. Em Tommy podemos ouvi-lo cantando a parte do primo Kevin, escrita por ele mesmo. John é também o autor de Fiddle About, uma canção cheia de humor e ao mesmo tempo imensamente cruel
RINGO STAR
Assume o papel do tio Ernie, que é o tio sujo da historia, a voz incomum de Ringo torna-o deliciosamente obsceno. Desde a separação dos Beatles, Ringo tem se envolvido em uma grande variedade de projetos. Tais projetos incluem dois discos, a atuação em The Magic Christian, ao lado de Peter Sellers, fazer o doublé de Frank Zappa em One Thousand Motels e algum trabalho westerns do gênero spaghetti. Há alguns anos, Ringo lidou com fotografia (ver capa do disco do T.Rex, Slider) e também dirigiu um filme documentário com o T.Rex e Marc Bolan.

ROD STEWART
No momento em que todo o mundo previa a morte do Rock inglês, surgiu um artista fenomenal chamado Rod Stewart. Um talento perdido para o futebol (ele preferia cantar e tocar) com 17 e 18 anos usava o seu tempo viajando pela Itália, França e Espanha, "tentando encontrar-se", como ele mesmo diz. Depois de ter sido enviado de volta da Espanha como vagabundo, Rod começou a trabalhar profissionalmente. Primeiro com um grupo chamado Jimmy Powell and The Five Dimensions, em um show com os Rolling Stones, num clube chamado Ken Collyer´s, depois com John Baldry´s Steam Packet e depois com Julie Driscol. Ate 1969, Rod fazia parte do grupo Jeff Beck, e com ele fez dois álbuns e sete excursões pelos EUA. Quando deixou o grupo tornou-se integrante dos Faces junto com outro ex-membro do Jeff Beck, Ronnie Wood. E não se fala do sucesso obtido individualmente com "The Rod Stewart Álbum, Gasoline Alley e Every Picture Tells a Story". Em Tommy ele canta o papel de um rapaz do lugar.

RICHARD HARRYS
Canta a parte do medico. Nascido em Limerick, Irlanda veio para Londres onde foi rejeitado pela Academia Real de Arte Dramática. Sua carreira iniciou-se com um papel em uma peça de Brendan Behan. Como cantor surgiu em Camelot, mas, em um sentido mais contemporâneo, sua carreira começou com a musica Mac Athur Park, escrita por Jimmy Web. Após este disco Richard já gravou vários álbuns.
Tommy - London Symphony Orchestra - 1972


1. Overture (3:23)

2. It's a Boy (2:27)

3. 1921 (3:52)

4. Amazing Journey

5. Sparks (3:21)

6. Eyesight to the Blind (2:30)

7. Christmas (4:41)

8. Cousin Kevin (4:22)

9.The Acid Queen (3:48)

10.Underture (4:38)

11.Do You Think It's Alright (0:31)

12.Fiddle About (1:25)

13.Pin Ball Wizard (3:46)

14.There's a Doctor I've Found (2:47)

15.Go to the Mirror Boy (1:46)

16.Tommy Can You Hear Me (1:50)

17.Smash The Mirror (1:25)

18. I'm Free (2:31)

19. Miracle Cure (0:11)

20. Sensation (2:36)

21. Sally Simpson (5:12)

22.Welcome (4:42)

23. Tommy's Holiday Camp (2:21)

24. We're Not Gonna Take It (2:24)

25. See Me, Feel Me (Finale from (3:04)

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